terça-feira, 20 de outubro de 2009

BLACK METAL


O black metal é um subgênero musical que evoluiu do thrash metal no início dos anos 1980 paralelamente ao death metal, um outro gênero do metal extremo. Este novo estilo é extremamente sombrio, cru e agressivo e incorpora em suas letras temas como o satanismo e o paganismo (em particular a mitologia nórdica). Um estilo onde o extremismo pode ser percebido tanto na sonoridade - ríspida e crua - quanto nas letras: anticristãs, em alguns casos Neo-Nazistas (Por influência de Kristian Vikernes). Algumas bandas consideradas precursoras do estilo são: Venom, Hellhammer, Bathory, Sodom, Celtic Frost, Bulldozer, Destruction e Mercyful Fate. Algumas das bandas mais influentes no início deste estilo foram: Burzum, Darkthrone, Emperor, Immortal, Sarcófago e Mayhem.

Filosofia:


Na primeira onda do black metal
Descontentes com o excessivo rumo comercial o qual o metal parecia estar fadado, bandas como Mercyful Fate destacaram-se por mostrar interesse em compor músicas mais obscuras e agressivas.O ideal de anticomercialismo e elitismo do black metal começa a ser forjado nessa época, onde será cristalizado na segunda onda do black metal através das idéias do filósofo alemão F. W. Nietzsche.


Na segunda onda do black metal:



Blasphemer and Maniac (Banda Mayhem)
O foco do black metal é alterado: dos Estados Unidos da América diretamente para a Noruega. Devido aos traços culturais serem fortes em toda a Europa, o black metal ganha novos valores (que não somente o famoso e tradicional: 'sexo, drogas e rock n' roll' adotado por várias bandas do meio Heavy metal. Ele adota uma série de valores que irão contribuir mais tarde para a sua fama). O ideário do Black Metal, deste modo, passa pelo extremo underground (já que a cena underground estava repleta de pessoas que somente repetiam o que era feito, sem criar algo novo, logo, o nascimento do movimento ficava nas mãos de poucas pessoas) que contribuiria fortemente para a formação dos ideais no estilo. Não interessava aos integrantes fazer algo que já era feito no underground (como fazer mais bandas de thrash ou death): almejavam algo completamente novo para que fosse compatível com um ideário completamente novo. O estilo foi fortemente influenciado por duas bandas que passaram a representar duas correntes: Burzum, que representa a corrente mais filosófica, pró-paganista, anticristã; foi grandemente influenciada por Nietzsche e a corrente representada pela banda Mayhem: anticristã, satânica; fortemente blasfêmica.
Logo após a análise dessas duas bandas históricas, é importante lembrar que o movimento não possui uniformidade exagerada. Tais comparações propostas foram realizadas somente para efeito didático e existem diversas variações que reforçam ou até mesmo negam o ideário das bandas consideradas como símbolo do black metal norueguês.


Na terceira onda do black metal:


As queimas de igrejas, assassinatos e o radicalismo extremado do Black Metal da segunda fase juntamente com a ascensão de bandas nos EUA que se identificavam com o black metal da segunda fase, fez com que o estilo ganhasse grande atenção da mídia. Apesar de seus adeptos acreditarem que a mídia distorce o movimento black metal, nessa fase, o estilo e consequentemente suas idéias foram grandemente divulgadas (embora distorcidas) foram criados também vários sub-géneros, e pode-se dizer que a parte instrumental do black metal sofreu novas influências.
Esta fase tenta implantar no estilo o ultra-romantismo, estética adotada há um considerável tempo no Brasil e em diversos países do mundo, fato este bastante curioso visto que o movimento vinha adotando até então uma postura épica mas ao mesmo tempo nova na música (sem grande respeito a moral judaico-cristã, canções abordavam guerra, etc), onde havia grande tentativa da fuga de clichês existentes em grande quantidade na estética ultra-romântica, com obviamente, as influências da cultura nórdica européia. No restante dos países, como, por exemplo, nos sul-americanos, a cultura era fundida com qualquer manifestação não cristã como a quimbanda(vide Ocultan). Nessa fase, formaram-se e formam-se diversas bandas que sequer conhecem os reais objetivos e toda a complexa filosofia do Black Metal na primeira e segunda fase e é tida pelos apreciadores mais radicais como sequer uma fase e sim um tipo de metal mainstream.


O black metal e a metáfora do lobo:


Símbolos são muito comuns na religião e na sociedade em geral.No cristianismo o símbolo dado aos fiéis é o do cordeiro, já que este é um animal de rebanho; o black metal então como contraposição natural, coloca-se como "o lobo", pois ele nao somente faz com que as ovelhas mudem de opinião ( e virem lobos) como também as preda (fato confirmado por assassinatos de cristãos, queimas de igrejas, profanações aos símbolos cristãos etc). Tal expressão foi criada na segunda onda ou geração do Black Metal e foi largamente utilizada por bandas como Darkthrone, Nargaroth, Burzum e Astarte.
A metáfora do lobo tornou-se complexa e muito usada, por coincidência ou não, porque representava exatamente as idéias básicas do gênero: predar e destruir os inimigos, intenso individualismo, um certo Darwinismo Social.
Para perceber como a metáfora foi e é aplicada com perfeição, basta conferir, por exemplo, o método de caçada dos lobos : "os lobos não causam em geral carnificinas entre as populações de grandes herbívoros, pois na maioria das vezes caçam animais velhos, feridos, doentes ou filhotes vulneráveis. Assim, fora os filhotes perdidos, eles acabam tornando a manada mais saudável.".O método de caçada acima, é o darwinismo social adotado pelo black metal, que não é o mesmo que foi adotado pelos nazistas; para o black metal, os fracos são os fracos de consciência, a massa, os crentes, a cultura mainstream e qualquer manifestação que encurrale o ser humano e o force a ser dócil, submisso, medíocre.O estilo entra em difundir a idéia de moral fraca que o cristianismo apresenta, afim de destruir ou até mesmo formar uma nova moral, trata-se então de melhorar a espécie, retirar os fracos,beneficiar a seleção natural, que não é feita nos tempos contemporâneos, segundo a filosofia adotada pelo Black metal, por mediocridade, por moralismo.Por essas características, diz-se que o estilo adota, de certa forma, o darwinismo social, porém,cabe salientar novamente, totalmente diferente do que os nazistas adotaram (visto que consideravam fracos os negros, classificavam os fracos pela raça, não pela mentalidade etc)
Também é sabido que o lobo é um animal que apesar de forte, caça em grupo, mas não é um animal de rebanho, pois é comum um lobo sozinho que forma, juntamente com uma fêmea, a matilha.Tal fato inspira a metáfora de que o Black metal é extremamente individualista, podendo-se encontrar em todo o cenário ou cena musical deste, bandas com ideários opostos e sonoridades diferentes, como exemplo , podemos citar o Black metal nacional socialista ou Black metal nazista em oposição a toda a linhagem do estilo que é feita em quase todo mundo, curiosamente inclusive no Vaticano.
A metáfora foi eternizada quando Kristian Vikernes passou a se denominar Kristian "Varg" Vikernes ou somente "Varg" Vikernes devido ao fato de Varg significar em norueguês justamente a palavra "lobo".
Elitismo, antidemocracia, sonoridade, punks, hippies e fechamento.
Diferentemente dos conhecidos dois outros movimentos, o Black metal, de maneira geral, apresenta rivalidade contra hippies, punks, fãs de reggae etc. Esse fato ocorre devido ao fato de todos os movimentos citados anteriormente, dentre outros, são de uma forma ou de outra, versões com noções cristãs de sociedade (igualitarismo, noção cristã de justiça, noção cristã de bem e mal,...), de modo que ao estilo a alternativa encontrada foi fechar-se sobre si mesmo, daí então a justificativa que se dá ao extremo radicalismo encontrado na cena (principalmente entre fãs da segunda geração).
A criação de uma nova sonoridade crua, obscura e acima de tudo original, que contasse com influências de uma outra cultura que exaltasse a moral valorizada pelo Black metal (já que a cultura contemporânea é predominantemente cristã) foi necessária. Explica-se desse fato, a abrupta mudança na sonoridade do Black metal da primeira para a segunda geração.


Características musicais:


As canções de black metal costumam apresentar uma ou mais das seguintes características:
Utilização de tons menores visando à criação de atmosferas musicais sombrias, frias, obscuras e melancólicas.
Guitarras rápidas usando a técnica de palhetadas em tremolo.
Baixos com uso de pedal de distorção.
Letras de cunho anticristão ou ligadas ao Paganismo, Satanismo, Mitologia e Ocultismo em geral. Existem ainda bandas em que as letras são ligadas ao Niilismo, Anti-Humanismo, algumas até mesmo à Depressão, Suicídio ou doenças mentais. Vale notar que bandas como Deicide, Immolation e Slayer possuem algumas músicas com letras referentes a alguns desses temas, porém estas bandas são consideradas respectivamente bandas de Death Metal (Deicide e Immolation) e Thrash Metal (Slayer).
Bateria rápida e agressiva, geralmente usando a técnica de "blast beats". A bateria também pode assumir uma sonoridade mais seca e vagarosa de forma a criar diferentes atmosferas para a canção.
Os vocais geralmente são guturais e agudos, mas existem muitas bandas que utilizam estilos vocais bastante variados, ainda sempre "rasgados".
Utilização ocasional de teclados, Harpas, violinos, órgãos e coros são relativamente comuns, proporcionando à música uma sonoridade de orquestra. As bandas que se utilizam de teclados ou instrumentos sinfônicos são consideradas bandas de Symphonic Black Metal.
Produção musical limitada e gravação de álbuns com baixa fidelidade. Este expediente é utilizado intencionalmente como uma afirmação contra a canção "mainstream" ou para criar atmosferas diferentes na canção. Este efeito de "subprodução" é obtido cortando-se as freqüências mais altas e as mais baixas, deixando apenas as freqüências médias. Poucas bandas pioneiras do estilo ainda se utilizam de tal recurso, pois sua produção musical limitada era causada principalmente por seus baixos orçamentos.


Outras características:


Uma característica notória do estilo é a utilização do "corpse paint", que é uma pintura facial (geralmente em preto e branco) que proporciona à pessoa uma aparência de cadáver em decomposição (corpse, em inglês). A banda Immortal referia-se à sua pintura como uma pintura de guerra com significado diverso do "corpse paint".
Utilização de pseudônimos satânicos/obscuros ou não. Os pseudônimos são herança das tribos guerreiras do passado, onde eram usados pseudônimos com o objetivo de amedrontar os integrantes das tribos inimigas. A utilização de pseudônimos no Black Metal foi iniciada pelo Venom, cuja formação original consistia de Cronos, Mantas e Abbadon. Outros exemplos são: Quorthon (Bathory), Nocturno Culto (Darkthrone), Ihsahn (Emperor), Abbath (Immortal), Euronymous (Mayhem).


História do Black Metal:


Precursores (ou primeira onda de black metal)
Embora algumas bandas nos anos 70 já tivessem feito referências ao lado negro da vida, as bandas consideradas precursoras do black metal moderno são: Venom (que inventou o termo em 1981 e deu ao seu segundo álbum de 1982 o nome Black Metal), Bulldozer, Celtic Frost, Hellhammer, Mercyful Fate e Bathory que lançou em meados dos anos 80 o Under the Sign of the Black Mark, um dos álbuns que se tornou um paradigma para o Black Metal moderno. Alguns consideram que estas bandas precursoras fizeram parte da primeira onda do black metal, sendo que alguns dos álbuns mais significativos desta onda foram: Black Metal do Venom, The Return e Under the Sign of the Black Mark do Bathory, Melissa do Mercyful Fate e Morbid Tales do Celtic Frost.
Diversas bandas desta mesma época (década de 80) como Slayer, Possessed e Destruction abordavam, devido á influência do Venom, temas satânicos em suas letras, embora suas sonoridades fossem bem diferentes do Black Metal. Estas bandas ajudaram a forjar a base do que viria a ser o black metal moderno que passou a existir de forma mais sólida a partir da segunda onda de black metal.
Início dos anos 90 (ou segunda onda de black metal)
O estilo teve um grande crescimento no início dos anos 90 com a chamada "segunda onda de Black Metal". O ano de 1991 viu os lançamentos dos primeiros discos dessa leva: Worphip Him do Samael; o EP Passage to Arcturo do Rotting Christ e Oath of the Black Blood do Beherit.
Foi depois desses lançamentos que bandas da Noruega como Burzum, Darkthrone, Emperor, Mayhem e Immortal contribuíram para tornar o Black Metal moderno conhecido por todo o mundo. Estas bandas mesclavam elementos de heavy metal e música clássica e suas letras falavam de temas pagãos, satânicos, anticristãos e ocultos em geral. Além do aspecto musical as bandas retomaram o uso das pinturas faciais. As pinturas faciais ligadas ao black metal passaram a ser chamadas de pinturas de guerra ("warpaint") ou mais comumente "corpse paint". Alguns dos álbuns mais representativos deste período foram:Fuck Me Jesus do Marduk, Det Som Engang Var e Filosofem do Burzum, A Blaze In The Northern Sky do Darkthrone, Pure Holocaust do Immortal, De Mysteriis Dom Sathanas do Mayhem e In The Nightside Eclipse do Emperor.
Na época de 1991 a 1994 ocorreram na Noruega fatos polêmicos ligados ao estilo black metal como queima de igrejas, assassinatos e violações de túmulos, que indiretamente contribuíram para a divulgação do gênero pelo mundo. Nesta mesma época começam a ser criados inúmeros subgêneros do black metal.
Do final dos anos 90 até hoje (ou terceira onda de black metal)
Durante os últimos anos da década de 90, o black metal ganhou maior notoriedade na mídia através de bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth (fazendo está última um som muito distante do black metal, mas considerdada como uma, apesar de que os primeiros álbuns da banda são bem black metal), que possuíam uma sonoridade menos ríspida para os padrões vigentes do black metal. Estas bandas logo começaram a ser rotuladas como bandas de black metal melódico ou symphonic black metal, pelo uso intensivo de teclados e elementos de música clássica em suas músicas e começaram a tocar em grandes festivais europeus. Com isso as bandas norueguesas de black metal que tocavam um som mais cru e agressivo também ganharam mais atenção da mídia, não mais por assassinatos e queima de igrejas, mas sim por sua música.
Os EUA têm uma pequena quantidade de bandas de black metal. O movimento americano de black metal é por vezes chamado de USBM. Esse movimento ainda não ganhou uma forma muito clara, mas os grupos mais conhecidos são Absu, Judas Iscariot e Averse Sefira, todos com fortes influências do estilo death metal.
Estas bandas fazem parte da chamada terceira onda de black metal, que contempla o black metal contemporâneo, incluíndo bandas ao redor de todo mundo. Além das citadas anteriormente outras bandas dignas de nota são: Ildjarn e Mütiilation(França).


História e ideário do black metal norueguês:


A mais proeminente figura da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem. De muitas maneiras, ele foi o precursor da cena do black metal na Noruega. A cena era profundamente anticristã, e procurava remover o cristianismo e outras religiões não-escandinavas da cultura norueguesa, bem como tudo o mais que afetasse as raízes da Noruega. Isso conduziu à mobilização de algumas pessoas com idéias afins para a inclusão na cena black metal do país. A maior parte deste movimento foi dirigida pelo "Inner Circle", um grupo formado por Aarseth e alguns outros amigos próximos, cuja sede ficava no sótão da loja de discos de Aarseth, chamada de "Helvete" (ou Inferno). Essa loja também servia de estúdio de gravações, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem e de outras bandas de black metal que assinaram com o selo de Aarseth, chamado Deathlike Silence Productions. Ele só assinava contratos com bandas que, segundo suas próprias palavras, "encarnavam o mal em seu estado mais puro".
Durante esse tempo na Noruega diversas igrejas foram queimadas, e o círculo de Aarseth foi acusado desses atos. Negaram, reclamando que o seu objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não deixar que suas origens fossem esquecidas. A mais famosa das igrejas queimadas foi a de "Fantoft Stave", queimada por um membro do "Inner Circle" com ajuda de Varg Vikernes (também conhecido como Count Grishnackh) da banda Burzum. Os entusiastas do black metal também começaram a aterrorizar outras bandas de death metal que tocavam no país e nos países vizinhos.
A cena black metal ganhou uma grande repercussão na mídia quando o vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo "Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpe todo o sangue". Seu corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera e tirou fotografias do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum Dawn of the black hearts, do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous fez colares dos fragmentos do crânio de Ohlin e que ingeriu pedaços de seu cérebro.
O "Inner Circle" foi mais exposto na mídia quando, em 1993, Vikernes assassinou Aarseth em sua casa, o esfaqueando 23 vezes na cabeça e nas costas. Vikernes foi setenciado a 21 anos de prisão e desde então distanciou-se da cena black metal, envolvendo-se com neo-nazismo e escrevendo extensos artigos sobre o tema. Varg Virkenes, em seus artigos recentes, deixa claro que a música do Burzum (sua banda) apesar de ser enquadrada no estilo, não é black metal e não tem nenhuma ligação com o satanismo.


Subgêneros:


O black metal é conhecido por possuir inúmeros subgêneros. Há grande rivalidade entre os adeptos de alguns subgêneros do black metal. Os principais sub-gêneros do estão listados abaixo:
Blackened death metal: Este subgênero se caracteriza basicamente por ter uma sonoridade de death metal e vocais e letras de black metal.
Algumas bandas: Behemoth, Belphegor, Sarcofago, Zyklon
Black metal melódico: Black metal com uso intensivo de riffs de guitarra mais melódicas.
Algumas bandas: Naglfar, Woods of Ypres.
Black metal nacional-socialista: A diferença deste subgênero para o black metal é apenas quanto às letras, que falam sobre ódio, paganismo, ideais nacional-socialistas, racismo e orgulho da nação de origem.
Algumas bandas: Aryan Terrorism, Temnozor e Nokturnal Mortum.
Symphonic black metal: Black metal com a adição de elementos sinfônicos eruditos.
Algumas bandas: Dimmu Borgir, Emperor, Arcturus, Old Man's Child,Theatre Des Vampires.
Viking black metal: Black metal com letras falando sobre vikings, bárbaros, mitologia nórdica e natureza.
Algumas bandas: Bathory, Vintersorg, Enslaved e Moonsorrow.


Principais bandas de black metal No mundo:



No Brasil:



Em Portugal:


Epping Forest,

Celtic Dance

Candle Serenade

Bloody Tears


Alguns discos importantes do estilo:


Os álbuns abaixo são considerados pela crítica como clássicos do estilo:
BathoryBathory, The Return, Under the Sign of the Black Mark e Blood, Fire, Death
BurzumBurzum, Aske, Hvis Lyset Tar Oss e Filosofem
Celtic FrostMorbid Tales, To Mega Therion e Into the Pandemonium
DarkthroneA Blaze in the Northern Sky, Under a Funeral Moon, Transilvanian Hunger
DissectionStorm of the Light's Bane e Reinkaos
EmperorIn the Night Side Eclipse
GorgorothPentagram, Antichrist e Ad Majorem Sathanas Gloriam
HellhammerApocalyptic Raids
ImmortalDiabolical Fullmoon Mysticism e Pure Holocaust
MardukPanzer Division Marduk e World Funeral
MayhemDeathcrush,Live In Leipzig e De Mysteriis Dom Sathanas
SarcófagoI.N.R.I., Rotting e The Laws of Scourge
VenomWelcome to Hell e Black Metal


Livros:


Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground. Feral House Books, Los Angeles ISBN 0-922915-48-2, 1998
Garry Sharpe-Young: Rockdetector: Black Metal. Cherry Red Books ISBN 1-901447-30-8, 2004
Karl Jones: A blaze in the northern sky: Black Metal Music and Subculture. University of Manchester ISBN 0-946180-60-1, 2002

Grandes fieis


Rotting Christ é uma banda de Black Metal formada em 1987 na Grécia.
O Rotting Christ sempre foi uma das bandas de Black Metal elogiadas e festejadas dos últimos tempos. Seus álbuns mostram que o grupo possui um estilo próprio e bem característico, e que influenciou muitas bandas que hoje fazem sucesso. Podemos dizer também que o Rotting Christ é uma das bandas em que mais se torna visível o amadurecimento e aprimoramento musical de seus membros com o passar do tempo, uma vez que cada novo trabalho do grupo parece melhor e mais bem trabalhado que o anterior. Alguns insistem em dizer que a banda simplesmente está amaciando seu peso e velocidade para vender mais, mas essa não é a verdade: é evidente a crescente qualidade dos discos do grupo, e a evolução que há entre eles é notável, rendendo sempre discos excelentes e com a forte identidade do grupo sempre saltando aos nossos ouvidos.
O país de origem do Rotting Christ é, por mais improvável que possa parecer, a Grécia. Foi na capital Atenas que em 1987 surgiu a banda, formada inicialmente pelos irmãos Sakis (que usava o nome Necromayhem), Themis (Necrosauron) e Jim (Mutilator). O grupo começou seguindo as influências dos primeiros ícones do black metal, como Venom, Celtic Frost e Bathory. Apesar dos clichês básicos do estilo, já se percebiam os rudimentos da arte sombria e única do grupo grego, que se direcionava aos poucos para um setor mais melódico e carregado de tristeza dentro do metal, que cuminou, no ano de 1989, no lançamento de uma fita-demo de cinco faixas chamada "Sathanas Tedeum. E com o resultado desta demo a banda foi caracterizada como “Abyssic Death Metal”, ainda porque o termo Black Metal não estava estabilizado na cena underground.
Depois de recrutarem o tecladista Magus Wampyr Daoloth, do Necromantia, nos teclados eles conseguiram lançar pela Decapitated Records um mini-LP chamado “Passage To Arcturo” originalmente em vinil (que seria relançado mais tarde pelo selo grego Unisound Records). Com esses dois trabalhos, a banda passa a chamar a atenção de selos que investiam em metal, além de ganhar bastante espaço no underground europeu. E em seguida a mesma gravadora lançou outro EP “Dawn Of The Iconoclast” com duas faixas, mas decepcionou pela péssima gravação.
O Rotting Christ praticava em seu início um black metal cru e ríspido, com destaque para a guitarra de Sakis que possuía riffs e bases com certa dose de melodia e climas sombrios. Ainda não tinha tanta melodia e atmosfera quanto nos discos mais recentes da banda, mas já era fácil de perceber que o conjunto grego era diferente da grande maioria dos grupos que pipocam pela Europa: esse jeito de tocar metal extremo era inovador, já que a grande maioria das bandas não se importava com melodia. Hoje em dia existem muitos grupos que tocam desta maneira, a chamada “Segunda Geração do Black Metal”, entre eles o Dimmu Borgir e o Vesperian Sorrow. Todos esses devem parte de seu sucesso comercial ao Rotting Christ, sem dúvida o grande nome dessa Segunda Geração, e que foi um dos precursores da idéia de unir a melodia ao peso devastador do black metal, fazendo o estilo se popularizar consideravelmente na década de 90.
A estréia oficial ocorre em 1991, finalmente a banda lança um trabalho de maior expressão e divulgação: é o EP chamado "Passage to Arcturo". O disco faz o Rotting Christ ficar mais conhecido pelos fãs do metal na Europa, abrindo várias portas para o conjunto. Nada mais justo, uma vez que a banda batalhou durante um bom tempo no cenário underground, isso sem contar a incontestável competência do grupo. Com esse aumento de popularidade, a banda consegue um contrato com o selo francês Osmose Records, conhecida pelo bom trabalho que realiza com bandas de metal extremo. Dessa união nascem os dois primeiros LPs do Rotting Christ: "Thy Might Contract" de 1993. Este foi um dos clássicos do Black Metal e foi definido como “Greek Sound of Black Metal” e a banda atingiu outro nível de patamar com este álbum, e ainda iniciaram uma tour, a Fuck Christ Tour, incluindo o Immortal e o Blasphemy
"Non Serviam" foi lançado no fim de 1994, com uma boa repercussão em vários países, inclusive no México onde o grupo realizou um incrível show. Além desses discos, a banda lançou pela Osmose alguns EPs, como os excelentes "Apocathylosis" e "Ade’s Winds" este último com as faixas "Fgmenth, Thy Gift" e "The Fourth Knight Of Revelation Parts 1 & 2.
Mas logo depois do lançamento de "Non Serviam", chegou o ponto em que a Osmose já não tinha mais condições de oferecer a estrutura necessária para uma banda que seguia rapidamente ao topo. Devido ao sucesso que atingiram com os últimos trabalhos, eles não demoram a firmar um novo contrato, dessa vez com a Century Black, uma subdivisão da Century Media criada exclusivamente para trabalhar com bandas desse estilo. Já faziam parte do cast deste selo nomes como o Mayhem e o Emperor. Assim, passaram a ter a distribuição e divulgação que realmente merecem.
As dificuldades Administrativo-financeiras e os limites musicais impostos pelo black metal causaram profundas mudanças em Sakis que, desde o começo, sempre foi o principal compositor do Rotting Christ. E antes da gravação do primeiro álbum pela nova gravadora, acontece a primeira mudança no line-up do grupo: o tecladista Magus deixa a banda devido a desentendimentos com os outros membros e Panayotis entra em seu lugar. E é com este line-up que eles gravam seu terceiro LP, chamado "Triarchy of the Lost Lovers", lançado em abril de 1996. O disco foi produzido por Andy Classen no famoso estúdio Stage One (que fica na Alemanha) e foi logo alçado à posição de melhor disco que o conjunto lançou até aquele momento. Esse trabalho mostra um Rotting Christ mais maduro e sombrio, resolvendo deixar um pouco de lado o Black Metal, com melodias e riffs mais góticos e apurados, em excelentes canções como "King of a Stellar War", "Archon" e alguns covers da Banda de Thrash metal Kreator como "Tormentor" e a junção das músicas "Flag of Hate" e "Pleasure to Kill". O Rotting Christ ainda participou de uma tour de dois meses com o Samael e o Moonspell e tocaram em 14 países. O único membro original da banda nesta tour era o vocalista Sakis Necromayhen, pois os outros integrantes não puderam participar por outras obrigações, e o guitarrista Kostas, que era do Corruption, foi integrado ao grupo como membro permanente, mas Jim Mutilator teve que deixar a banda por problemas pessoais Alguns críticos chegaram, inclusive, a criar um novo rótulo para descrever o Rotting Christ (dark metal), uma vez que a banda estava indo além do black metal com suas melodias e climas soturnos. O disco faz bastante sucesso e agora o Rotting Christ é conhecido em nível mundial, afinal, a Osmose fez a banda ficar conhecida entre os fãs de black metal, mas não tinha o alcance da Century Black, que levou o nome da banda a lugares que não os conheciam ainda, principalmente a América.
Em 1997, se reúnem novamente para a gravação de um novo trabalho. Dessa vez, o produtor escolhido foi Xy, baterista e tecladista do Samael. O baixista Andréas entra no lugar de Jim Mutilator. Como a banda estava sem tecladista, Xy aproveitou para integrar o grupo, tocando os teclados que aparecem no novo disco e contribuindo para que o som do Rotting Christ ficasse ainda mais melancólico. Ele é lançado ainda em 1997, e é chamado "A Dead Poem", outro excelente álbum. E como participação significativa no álbum, a do vocalista do Moonspell, Fernando Ribeiro, que canta na excelente "Among Two Storms". "A Dead Poem" é mais um incrível disco, com mais melodias sombrias e climas tétricos, baseados nos riffs de guitarra e teclados que a banda constrói com enorme facilidade. Ainda estão lá a rispidez das bases de guitarras e vocais secos que dão o tom satânico da banda. É justamente essa mistura de melodia e rispidez que faz o disco fascinante. E ainda teve uma ótima vendagem, com 5.000 cópias vendidas apenas na Grécia. As gravações desse álbum aconteceram no estúdio Woodhouse Studio, também na Alemanha (nesse estúdio aconteceram também as gravações de discos seminais como o Wildhoney do Tiamat e Nighttime Birds do The Gathering). Uma edição especial desse álbum foi lançada, contendo um disco bônus chamado "Darkness We Fell", que é uma coletânea de músicas de bandas que fazem parte do cast da Century Black, como o The Gathering, Tiamat, Sentenced, Old Man’s Child, Ulver e Sacramentum.
Logo depois desse lançamento, novas mudanças na formação do Rotting Christ, a saída do tecladista Panayotis com a entrada de George em seu lugar. Esse desgaste estava causando algumas turbulências na banda, Com esse line-up, partem para uma longa turnê, e crava definitivamente seu nome no "Hall" das grandes bandas de black metal (ou dark metal).
Depois de um merecido descanso, a banda volta a trabalhar na produção de um novo álbum em setembro de 1998, novamente com a produção de Xy. O resultado é o fantástico "The Sleep of Angels", um disco completo e envolvente, para muitos, a obra-prima do Rotting Christ. Foi lançado em 1998, e teve críticas positivas em praticamente todas as grandes publicações do ramo, sempre com elogios rasgados e muita badalação, sendo ainda eleito o melhor do ano. Não sem motivos, afinal, é nesse disco que a banda firma seu estilo, sem esquecer suas raízes. Ou seja: as melodias sombrias e góticas atingiram quase a perfeição, com muito clima e atmosferas absolutamente arrepiantes, e arranjos de teclados e guitarras simplesmente emocionantes. Isso tudo acompanhado da rispidez e peso que a banda tinha em seu princípio. Enfim, um disco bastante atmosférico e soturno, com agressividade e melancolia na medida certa. Os destaques ficam por conta das incríveis "The World Made End", "Imaginary Zone" e "Cold Colours". Duas semanas depois a banda ainda lançava o EP Der Perfectre Traum. O disco marca um retorno às origens. Talvez a própria saturação da cena, com inúmeras bandas fazendo metal gótico com pouca qualidade, tenha sido outro motivo para levar Sakis de volta ao peso e a agressividade dos primeiros anos.
Apesar do sucesso, o grupo enfrentou uma fase árdua, com uma conturbada tour pelas Américas - onde escaparam da morte em um terremoto no México, tiveram problemas judiciais nos Estados Unidos e foram abandonados pelo tour manager na América do Sul. Todos estes fatores certamente abriram espaço para a criatividade do grupo voltar-se ao peso e à agressividade novamente.
E para gravar um excelente disco de metal extremo nada melhor que o mais tradicional estúdio para o estilo, o Abyss, na Suécia. Enfrentando o inverno europeu, o Rotting Christ preparou "Khronos". Sakis assumiu a produção e Lars Szoke, deu um pequeno auxílio, enquanto Peter Tägtgren, do Hypocrisy mixou todo o material.
O disco, lançado no início do segundo semestre de 2000, marca um retorno às origens. Talvez a própria saturação da cena, com inúmeras bandas fazendo metal gótico com pouca qualidade, tenha sido outro motivo para levar Sakis de volta ao peso e a agressividade dos primeiros anos. E uma outra Tour foi iniciada, desta vez com uma passagem pelo Brasil.
Com o mesmo 'line up', lançam "Genesis", dois anos depois, um disco muito pesado e agressivo, onde os destaques eram "Quintessence", "Release Me" e "Ad Noctis".
Em 2004 o grupo, agora um trio, lança um novo álbum “Sanctus Diavolos” com composições marcantes e a retomada das características primordiais da banda: o Black metal agressivo e rápido.

Membros


Sakis Tolis - Guitarra/Vocal (1987)
Giorgos Bokos - Guitarra (2005)
Andreas Lagios - Baixo (1996)
Themis Tolis - Bateria (1987)


Ex-members


Kostas Vassilakopoulos - Guitarra (1996-2004)
Georgios Tolias - Teclado (1996-2004)
George "Magus Wampyr Daoloth" Zaharopoulos - Teclado/Vocal De Apoio (1992-1994)
Jim "Mutilator" Patsouris - Baixo (1989-1996)
Panayiotis - Teclado (1997)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Darkthrone


Darkthrone é um grupo musical da Noruega formado em 1986, mas que primeiramente era chamado de Black Death.
A fase com nome Black Death
A sonoridade era Death Metal e das duas demonstrações que gravaram em 1987, a primeira cujo nome é Trash Core, tem Anders Risberget tocando guitarra e Gylve Nagell tocando bateria e cantando. A segunda demonstração, lançada dia 12 de outubro, nomeada de Black Is Beautiful já tinha um novo membro e guitarrista: Ivar Enger. As duas demonstrações foram lançadas sem distribuição por parte de nenhuma gravadora.
O trio troca o nome para Darkthrone em 1987 e o baixista Dag Nilsen agora participa do grupo. Gylve Nagell diz que a inspiração vem de bandas como Cryptic Slaughter, Celtic Frost, Deep Purple, Nihilist e grupos musicais de Thrash Metal em geral.[1] Um ano depois, o até então guitarrista Anders Risberget sai da banda, mas ainda chega a participar da gravação de três canções da primeira demonstração da banda usando o nome Darkthrone, a Land Of Frost de 1988. Gylve Nagell queria levar o Darkthrone mais a sério. Através de um colega que estudava guitarra, conhece Ted Skjellum. Após Anders Risberget sair definitivamente do Darkthrone, Ted Skjellum é convidado para o grupo. No dia 6 de julho de 1988, sai uma fita de promoção contendo a canção instrumental Snowfall que apresenta maior tendência ao Thrash Metal. Em 1989, a terceira gravação recebe o nome de Thulcandra, e agora Ted Skjellum já canta para o Darkthrone, além de tocar guitarra. Pouco depois, sai uma quarta demonstração intitulada Cromlech e logo após, o Darkthrone finalmente assina contrato com uma gravadora. No caso, a britânica Peaceville.
No outono europeu de 1990, começam a escrever o trabalho que seria chamado de Goatlord. Eles continuavam tocando Death Metal, mas na maior parte do tempo ouviam Black Metal como Bathory, exceto o baixista Dag Nilsen que estava mais interessado em bandas como Autopsy e continuar tocando Death Metal técnico.[2] Várias apresentações ao vivo tinham sido feitas e a banda norueguesa Cadaver chegou a dividir palco com eles. Foi neste mesmo ano que o Darkthrone gravou seu primeiro CD chamado Soulside Journey no estúdio Sunlight da Suécia com a ajuda dos integrantes da banda Nihilist, mas que só foi lançado em janeiro de 1991. Com uma produção cristalina, o disco demonstrava um Death Metal de forma técnica.
Logo mais tarde, o Darkthrone viria a adotar a estética Black Metal com a pintura facial corpse paint e uso de pseudônimo. Gylve Nagell passa a ser Fenriz (um lobo da mitologia nórdica), que usa o corpse paint inspirado na banda brasileira Sarcófago, Ivar Enger é Zephyrous e Ted Skjellum passa a ser identificado como Nocturno Culto.
Em 1991, Goatlord é finalizado, no entanto o quarteto decide não lançá-lo apenas porque não fizeram as letras. O Darkthrone faz três concertos na Finlândia[3] com o trio Fenriz, Nocturno Culto e Zephyrous usando o corpse paint. Depois o baixista Dag Nilsen deixa o grupo, mas ainda participa da gravação do baixo no disco A Blaze In The Northern Sky que viria a marcar o início de uma nova era do Darkthrone: a fase Black Metal.
[editar] O início definitivo da fase Black Metal
A técnica anteriormente dominada em Soulside Journey foi deixa para trás resultando no CD A Blaze In The Northern Sky, lançado em fevereiro de 1992 pela gravadora Peaceville que não viu com bons olhos o novo rumo que a banda havia trilhado. O disco com uma produção inferior ao CD antecesor revela uma espantosa agressividade, vozes rasgadas e vomitadas manifestando o espírito Black Metal que a banda havia atingido. No encarte do disco, há um agradecimento à Euronymous, o líder da pioneira banda Mayhem. No ano seguinte, um novo CD de estúdio sob nome de Under A Funeral Moon é gravado somente pelo trio, que de acordo com Fenriz pode ser considerado o mais Black Metal da banda.
Ainda em 1993, Zephyrous já não faz mais parte do Darkthrone e some completamente alegando decepção com o rumo em que o cenário Black Metal estava trilhando com modismo, infantilidades etc. Mais para frente, em novembro e dezembro é gravado o CD Transilvanian Hunger. Varg Vikernes, depois que vai para a prisão, recebe a proposta de Fenriz para escrever algumas letras para o CD e aceita. Uma polêmica foi gerada pela frase em que aparece atrás do disco: "Norsk Arisk Black Metal", que traduzido para o português é "Black Metal norueguês ariano". Desde então, o Darkthrone é constantemente suspeito e acusado de ser racista. Fenriz em entrevista teria comentado que "Transilvanian Hunger é superior a qualquer censura, e quem o critica deveria ser julgado pelo seu comportamento judeu." Um ano depois, a dupla Fenriz e Nocturno Culto deixa a gravadora Peaceville para assinar contrato com a Moonfog e durante os meses de fevereiro e abril de 1994 grava o próximo disco que recebe o nome Panzerfaust. Varg Vikernes novamente participa escrevendo a letra da música Quintessence. Tentando amenizar as críticas que havia recebendo pela polêmica frase do CD Transilvanian Hunger, o encarte do sucessor Panzefaust apresenta a seguinte declaração: "Darkthrone certamente não é uma banda nazista ou política, aqueles de vós que continuais pensando isto, podem lamber o ânus da mãe Maria pela eternidade."
Em 1996, vários músicos do cenário Black Metal da Noruega tinham escrito letras para novo CD do Darkthrone que viria a ser chamado de Total Death. Entre eles estão membros das bandas Ulver, Ved Buens Ende, Satyricon e Emperor. Todas letras para o disco Goatlord que havia sido criado entre a época do Soulside Journey e do A Blaze In The Northern Sky ficam prontas e a banda finalmente o lança. No final do ano seguinte, Nocturno Culto já havia criado quase toda a parte instrumental para o próximo disco e então Fenriz produz as letras. O disco recebeu o nome Ravishing Grimness e em 1999 foi lançado.
Dois anos se passaram, várias entrevistas sendo feitas no decorrer deste tempo e em 10 de setembro de 2001 um novo CD é lançado: Plaguewielder. Dois colegas de Fenriz e Nocturno Culto participaram de uma música deste trabalho: sendo um da banda Audiopain e outro da banda Aura Noir. Novamente dois anos se passam e em 10 de março de 2003 o CD Hate Them é lançado.
2004 foi um o ano em Quorthon, o líder da banda Bathory que sempre foi uma das bandas prediletas de Fenriz e Nocturno Culto e também um dos precursores do Black Metal, morre. Poucos meses depois, em 6 de setembro, o Darkthrone lança seu novo CD intitulado Sardonic Wrath que traz uma nota dedicatória a ele.
Ainda no mês de setembro de 2004, Fenriz lança uma coletânea chamada Fenriz presents the best of old school Black Metal com dezesseis canções escolhidas por ele para homenagear algumas das bandas que tiveram grande importância para o estilo Black Metal e outras não totalmente encaixadas no gênero como Destruction por exemplo, mas que tinham determinadas características que serviram de influência para várias bandas de Black Metal do início da década de 90.
Em janeiro de 2006, é o ano que lançam o décimo segundo CD da carreira, o The Cult Is Alive. Pela primeira vez na carreira do Darkthrone, eles resolveram produzir um vídeoclipe, sendo a canção Too Old, Too Cold a escolhida. Mas um mês antes do lançamento deste CD, a banda lançou um EP intitulado Too Old, Too Cold com uma regravação que deixou muitas pessoas surpresas, da banda Siouxsie And The Banshees (música Love In A Void). Após o lançamento do CD The Cult Is Alive, a dupla lança um single novamente com outro cover. Desta vez foi de uma banda de Punk Rock chamada Testors, a qual Fenriz é quem cantou na versão regravada.
Um ano depois, em julho de 2007 a dupla norueguesa lançou mais um EP, que veio alguns meses antes do próximo e décimo terceiro CD completo, com o curioso título de "NWOBHM" cuja significado neste caso é "New Wave Of Black Heavy Metal". A canção Wisdom Of The Dead aparece tanto neste EP quanto no CD, que recebeu o nome de F.O.A.D. (sigla de Fuck Off And Die), mas apenas com gravações diferentes, apresentando clara diferença nas linhas de vocal. F.O.A.D., o décimo terceiro disco na carreira da dupla (saiu em setembro de 2007), contém uma canção chamada Canadian Metal (em Português: Metal canadense) que se trata de uma pequena homenagem que o Darkthrone prestou aos grupos do Canadá como Piledriver, Voivod, Razor, Rush etc.[4]
Em fevereiro de 2008, Nocturno Culto revelou que quatro novas canções já estavam prontas para o novo lançamento que receberá o nome de Dark Thrones And Black Flags. Ele também informou que este CD não será tão calcado em Punk Rock.[5]


Origem do nome:


O nome Dark Throne foi inspirado por um zine produzido na Dinamarca por volta de 1986 intitulado Blackthorn. Era dirigido por integrantes do grupo musical Desexult, que por sua vez se inspiraram na canção Jewel Throne da banda Celtic Frost.[6]


Origem do logotipo:


Há uma grupo musical da Holanda de 1989 chamado Malignant com um logotipo parecido. No encarte dos discos Soulside Journey e A Blaze In The Northern Sky, os créditos de criação estão para Fenriz, Tassilo e Tomas Lindberg (do grupo musical At The Gates). Em uma entrevista de 1992, Fenriz afirma que o logotipo foi criado por ele e Tomas Lindberg anos antes e que provavelmente a banda Malignant copiou o Darkthrone.